Vacinação de equinos: saiba quais as principais vacinas, quando aplicar e a sua importância

Vacinação de equinos: saiba quais as principais vacinas, quando aplicar e a sua importância

Protocolos vacinais, em resumo, são meios de proporcionar segurança tanto aos animais quanto àqueles ao seu entorno, valorizando os critérios sanitários regionais. No caso dos equinos, conhecer as principais vacinas aplicáveis é essencial para garantir a boa saúde dos animais e a da população nas proximidades.

Por isso, estar ciente dos cuidados básicos necessários é essencial, já que trazem vantagens tanto ao criador como ao rebanho de equinos. Em se tratando especificamente do calendário de vacinação de equinos, não há um padrão estabelecido e exigido, salvo algumas situações específicas.

Nesse artigo serão abordados os principais aspectos sobre a vacinação de equinos, incluindo quais são as vacinas aplicáveis, quando aplicar e a importância da vacinação dos animais. Boa leitura!

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Quais são as vacinas para cavalos?

Apesar de não haver controle e exigências específicas para esse tipo de criação, dentre as principais vacinas para cavalos estão as de controle de zoonoses, como a vacina da raiva, por exemplo, doença que representa um importante risco para a sanidade das pessoas.

Importante ressaltar que toda e qualquer vacina é destinada a conferir ao sistema imunológico do indivíduo maior capacidade de resistência e combate aos agressores externos. Dessa forma, embora não exista um calendário produtivo de exigências vacinais, é importante conhecer as principais doenças que afetam os equinos, bem como os principais sintomas observados.

Principais doenças neurológicas: maiores impactos com óbitos frequentes

  • Raiva: doença neurológica de grande importância sanitária no âmbito da sociedade, já que se trata de uma zoonose. O óbito do animal é questão de tempo, podendo ainda torná-lo agressivo e causar paralisia com características únicas;
  • Encefalomielite: a doença causa importantes impactos no sistema nervoso do animal, podendo levá-lo rapidamente a óbito. Os sinais observados compactuam com a parte nervosa;
  • Tétano: doença bastante comum e presente na rotina do campo. Pode causar tremor e rigidez dos músculos, prolapso na terceira pálpebra e levar o animal facilmente ao óbito. O tétano desencadeia prejuízos econômicos de maior importância.
Médico veterinário manuseando seringa e pronto para administrar vacina em equinos. Atrás dele, dois cavalos de coloração marrom escura
Deixar de vacinar os equinos pode fazer com que a sua criação tenha grandes perdas, além de colocar todos ao redor em risco.

Principais doenças respiratórias: atenção às categorias ou fases de vida

  • Influenza: causa a famosa gripe equina, que ataca o sistema respiratório dos equinos. Os sintomas remetem ao mesmo quadro que acomete os seres humanos;
  • Rinopneumonite: resultante da infecção por herpes-vírus, pode apresentar diversas frentes de afecção e manifestações, como, por exemplo, abortos e morte de potros recém-nascidos. A partir da vacinação há a redução drástica dos impactos negativos da doença.

Além das doenças citadas acima, outra virose que gera importantes efeitos negativos na criação de equinos do Brasil é a leptospirose. Trata-se de uma infecção viral que pode acometer animais em qualquer fase da vida, levando-os à redução drástica de performance, além de outras sintomatologias, como quadros de anemia, distúrbios respiratórios e abortos.

Como se pode notar, não são muitas as vacinas aplicáveis aos equinos, porém, ainda assim, é fundamental atentar-se aos momentos adequados à aplicação, uma vez que existem aplicações anuais e outras semestrais.

Quando vacinar meu cavalo?

Afinal, existe um calendário a ser seguido? Conforme citamos anteriormente, até o presente momento ainda não existe um calendário nacional obrigatório a ser seguido no que tange à vacinação de equinos. Esse critério será delimitado, de forma pontual, em conjunto com o médico veterinário de sua confiança, que irá analisar as necessidades do rebanho e definir quais são as vacinas indispensáveis, aliando-se aos objetivos de produção.

Contudo, existem exceções. Os potros, por exemplo, exigem um cuidado mais padronizado na aplicação das principais vacinas, sendo recomendável que seja feita da seguinte maneira:

  • A partir dos 3 meses de idade: nessa idade o potro já tem a capacidade de receber os estímulos imunológicos, sendo aplicada a primeira dose, geralmente após o desmame;
  • Segunda dose após 30 dias: por tratar-se de um bebê, é vital que depois de 30 dias seja aplicada a segunda dose das mesmas vacinas.

A partir desse momento, os potros entram no manejo de vacinação comum aos demais animais da propriedade.

É importante ressaltar também que as éguas prenhas também precisam receber um cuidado vacinal diferenciado a fim de potencializar a gestação saudável.

De toda forma, o que precisa ficar claro é que não existe um calendário fixo a ser seguido por todos os criadores de equinos. A definição do manejo estratégico de prevenção em cada propriedade será definida pelos técnicos responsáveis juntamente com os próprios criadores, verificando quais as melhores datas de aplicação e os laboratórios escolhidos.

Confira abaixo uma sugestão de protocolo de vacinação, lembrando sempre da importância do apoio de um médico veterinário para a sua definição:

Infográfico contendo informações sobre o protocolo de vacinação de potros, éguas prenhes e animais adultos
Protocolo de vacinação de equinos.

É obrigatória a aplicação de todas as vacinas aos equinos?

Algumas vacinas são tidas como obrigatórias pelas autoridades, como é o caso da raiva, por exemplo. O Ministério da Agricultura exige essa obrigatoriedade para fins de controle sanitário e impedimento de surtos entre animais e humanos, já que se trata de uma zoonose, conforme já mencionado.

Quanto às demais vacinas, apesar de não serem obrigatórias em todos os locais, são solicitadas para a participação em eventos, bem como na venda dos animais É o caso, por exemplo, das vacinas da influenza e da encefalomielite que são pertinentemente exigidas nas esferas de negociação.

No que diz respeito às hípicas, deve haver um técnico específico para o monitoramento de todos os protocolos profiláticos e também para entender as janelas estratégicas de vacinação, sendo que todos os animais devem ser vacinados no mesmo dia e no mesmo momento a fim de garantir a condição sanitária do estabelecimento.

Quanto à aplicação das vacinas, apenas a da influenza apresenta aplicações semestrais, sendo obrigatório constar a sua aplicação nos Guias de Trânsito Animal – GTA. As demais vacinas são de aplicação anual. De toda forma, é recomendável o conhecimento do histórico e do manejo adotado para o deslocamento de cada animal, tanto em negociações de compra e venda ou mesmo para efeitos de competições e/ou exposições.

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Protocolos vacinais

Os protocolos vacinais consideram, inicialmente, a realidade particular e até os objetivos comerciais e de criação de cada propriedade.

Cavalo branco contido para aplicação de vacina. Mulher segura as rédeas enquanto manuseia seringa para a vacinação
A vacinação correta de equinos permite a manutenção da saúde dos animais e de todos ao seu redor, reduzindo os riscos e possíveis impactos à sociedade.

Os criadores mais intensivos que trabalham com mercado reprodutivo, por exemplo, vão dedicar maior atenção aos cuidados com a matriz. Por outro lado, os criadores que participam de eventos, exposições e competições vão se dedicar mais à manutenção de outras vacinas, tais como o tétano, raiva e influenza.

Embora a carteira individual de vacinação não seja obrigatória, é importante que sejam mantidas atualizadas as aplicações por animal em registro único e intransferível, pois, além de conferir segurança ao criador na comprovação de seus cuidados, também permite maior controle sanitário entre as localidades.

Investimento

De toda forma, há necessidade de investimento em conhecimentos específicos sobre a espécie com a qual se está trabalhando, bem como com o histórico desses animais na região da propriedade. Além disso, também é preciso investir em apoio técnico, já que o médico veterinário elaborará protocolos de prevenção, incluindo o controle de parasitas, de forma muito mais eficiente.

Mas, quanto é uma vacina para cavalo? Embora existam diferentes laboratórios e realidades sazonais, o valor fica entre 30 e 50 reais por animal. Portanto, trata-se de um excelente custo-benefício, considerando ainda que já existem vacinas polivalentes que atuam na defesa de mais de um agente agressor.

Por tratar-se de um produto vivo biológico, o seu armazenamento exige refrigeração entre 2 e 8ºC. Por isso, é recomendável que a compra seja efetuada próxima ao dia das aplicações, pois esse armazenamento está sujeito a fatores externos que, muitas vezes, fogem do controle humano.

É comum observar alterações clínicas depois da aplicação?

Geralmente, o procedimento gera uma dor local, com reações reativas menores, sendo a incidência alérgica baixa nesses animais. Dessa forma, é interessante que o animal não sofra procedimentos traumáticos e lesões desnecessárias.

Em todo caso, saiba que é comum que a região vacinal crie uma reação durante certo tempo, observando-se sinais como:

  • Alterações da temperatura basal do corpo;
  • Local edemaciado de aplicação;
  • Mudanças comportamentais, como menor movimentação do animal;
  • Menor interesse em alimentar-se.

 Todas essas reações são comuns e não significam que o equino está tendo complicações.

Qual a importância de vacinar os equinos?

A manutenção preventiva com a vacinação de equinos ajuda a garantir não só a saúde dos animais, mas também de todo o ambiente em que estão inseridos.

Entenda mais do que conversamos assistindo o vídeo que separamos especialmente pra você:

Créditos: Federação Paulista de Hipismo.

A vacina previne doenças que podem até mesmo causar a morte dos animais, não sendo algo raro de acontecer. Além disso, é possível que a doença seja transmitida de um equino para outro, fazendo com que, na pior das hipóteses, acabe aos poucos com todo um rebanho.

Em todo caso, qualquer esforço que impeça o avanço de sérios comprometimentos à saúde dos animais e perdas financeiras é válido. Por esse motivo, não deixe de procurar por um médico veterinário que, além de te apoiar na tomada de atitude, gerará também um calendário específico e único para garantir que a saúde de todos os indivíduos continue em dia.

Gostou desse conteúdo? Complemente os seus conhecimentos com o nosso artigo sobre anemia infecciosa equina. Boa leitura!

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